EQUIPA FEMININA: LISBOA CUP

Tudo começou em Setembro, quando por curiosidade algumas meninas apareceram no complexo municipal para "treinar"...

Alguns treinos e jogos de treino depois, com a Taça Coca-Cola e o 1º Torneio Feminino como os únicos momentos competitivos da equipa... partimos para a aventura no Jamor...

Como único objectivo a evolução colectiva e individual, foram 21 as atletas participantes:

Em cima da esquerda para a direita - Adriana G., Diana, Joana T., Oriana, Catarina, Mónica, Rita F., Patrícia R. e Adriana O.

Em baixo da esquerda para a direita - Andreia M., Cláudia, Adriana B., Patrícia M., Andreia G., Jéssica, Inês, Pipa, Mafalda, Rita Silva e Daniela.

Falta apenas acrescentar a Joana Pires que não pode comparecer no 1º dia por doença, mas que nos acompanhou nos restantes.

Adversárias:

FH (Islândia)

Esc. Fc Molelinhos

Atlético de Madrid (Espanha)

Arsenal 72

Quinta dos Lombos

Hollvikens GIF (Suécia)

Os Sandinenses

1º de Dezembro

8 jogos em 5 dias...

Face aos adversários o cenário não se esperava nada fácil. Assim, a Adriana Baguinho (ex Inf B), com a sua experiência e com os seus já 12 anos veio reforçar a equipa. O Atlético de Madrid reforçou-se também e de avião vieram 3 campeãs europeias pela selecção espanhola. Não querendo desvaloriazar uma das nossas bravas guerreiras (Adriana), mas é aqui que começam as diferenças.

Este foi um dos vários exemplos em que podia pegar para fazer o enquadramento da nossa participação no torneio. Estivemos entre as melhores e aproveitámos todos os jogos para aprender e evoluir, tal como prognosticado.

Quem assistiu ao 1º jogo, contra o FH, onde perdemos por 7-1 pôde assistir a todas as nossas fragilidades iniciais, agravadas pela ansiedade da 1ª competição a sério e do 1º jogo. Conseguimos chegar ao empate, num dos apenas 4 golos que a equipa adversária sofreu nos Play-Offs.

Na parte da tarde, reagimos bem, perante uma equipa bem estruturada que perdeu apenas por 2 a 0 com o FH e 3 a 0 com Atlético de Madrid, o Esc Fc Molelinhos. Perdemos por 3-0, mas conseguimos deixar uma imagem mais positiva.

Após o 1º dia, onde tudo foi novo para nós, iniciámos o 2º dia com a fantástica equipa do Atlético de Madrid, foi a nossa derrota mais pesada 11-0. A atitude, coragem e combatividade evitaram males maiores, pois qualidade não faltava ao adversário. Foi talvez aqui o ponto de viragem da nossa participação.

No jogo da tarde, com um adversário já conhecido, mas que contava com pelo menos 5 caras novas, o Arsenal 72, estávamos a apostar tudo num resultado positivo. Nunca fomos inferiores, criámos oportunidades, mas mais uma vez coube-nos a derrota (3-0). Este foi um dos jogos mais dificeis de gerir. Como compreender que num torneio desta dimensão, exista apenas 1 árbitro de campo, onde o fora de jogo simplesmente não fazia parte das suas regras (talvez pela falta dos fiscais de linha). Mas mais grave do que isso, como compreender que três golos obtidos com irregularidades fossem validados? Assim não há quem resista e a melhor equipa saiu prejudicada.

A frustração não abalou a equipa, que partiu para o seu melhor dia da prova, o 3º (29 Junho). O jogo da manhã opôs-nos à Quinta dos Lombos, equipa que empatou 1-1 com o FH, 0-0 com o 1º Dezembro e perdeu 5-0 com o Atlético de Madrid. Realizámos um bom jogo, criámos oportunidades, melhores que as do adversário, o que não chegou para um resultado positivo. Mais uma vez um golo infeliz.

Da parte da tarde, moralizados pela prestação da manhã, entrámos dispostos a bater o pé às Suecas do Hollvikens GIF. Conseguimos durante 23 minutos não sofrer golo e colocar a defesa adversária em trabalhos, utilizando a estratégia do adversário, bolas a explorar as costas da defesa, mas com passes diagonais rasteiros. Não conseguimos concretizar as oportunidades e com a frieza característica, as adversárias chegram ao 1 a 0 perto do intervalo. Na 2ª parte, após sofrermos o 2º golo, num momento do jogo que não o merecíamos, gerou-se a primeira tensão no decorrer da prova, que deu início a um período de desconcentração defensiva, onde o adversário aproveitou para fazer mais 3 golos. Resultado final 5-0. Não podia deixar de referir que "demos massa nas suecas", retirando-lhes espaço para jogar e que lhes conseguimos fazer frente no jogo aéreo, um dos aspectos que melhorou abismalmente com o decorrer do torneio.

Dia 30, 4º dia de torneio, voltámos a defrontar uma equipa que em nada foi superior à nossa, Os Sandinenses. Com o jogo controlado, mantivemos a tranquilidade e paciência para a 2ª parte. A estratégia estava a decorrer como planeado, o adversário jogava onde queríamos e as oportunidades surgiram. No entanto, na sequência de um livre, numa das duas vezes que conseguiram rematar à nossa baliza, sofremos mais um golo infeliz e perfeitamente evitável. Reagimos, forçámos o ritmo, demonstrámos ser a equipa com mais argumentos, mas a "estrelinha da sorte" não nos acompanhou. Valeu a entrega e o esforço.

No último jogo do torneio para a nossa equipa, dia 1, optei por dar mais tempo de jogo a atletas com menos minutos, concluindo assim o objectivo a que nos propusemos... aprender e evoluir. Acabámos por perder por 6-0, com o 1º de Dezembro. Uma das piores primeiras partes, em que com alguma apatia permitimos o 4-0 ao intervalo. Na 2ª parte, com uma atitute mais próxima daquela que nos caracterizou, acabámos por sofrer mais 2 golos.

Terminámos o torneio sem conquistar um único ponto, não o merecíamos, mas o Futebol é assim.

Soubemos sempre reagir, fomos uns dignos vencidos. A equipa realizou uma adaptação fabulosa, colectivamente e individualmente, foram tantas as conquistas importantes. O contacto com diversos modelos de jogo, com jogadoras de variadissimas caracteristicas apetrecharam-nos de ferramentas essenciais para o futuro, porque esta jovem equipa tem uma média de 15 anos.

Temos certamente muito trabalho pela frente e estamos agora mais capazes. Mas não poderia deixar de dizer também aqui que...

ESTA EQUIPA É COMO UMA ERVA DANINHA... PISAM, ARRANCAM, PULVERIZAM...

MAS CRESCE SEMPRE MAIS FORTE...

Estou orgulhoso. Parabéns pela coragem Equipa.