1 de junho de 2010

EQUIPA FEMININA: TAÇA COCA-COLA




Para participar na Taça Coca-Cola, devido à diversidade de escalões que a equipa comtempla, foram necessários alguns reajustes. Foram recrutadas três jogadoras para participar connosco: a Andreia Mendonça, a Carolina Rosa e a Jéssica Garra. Assim, para além destas três atletas, participaram ainda: a Adriana Oliveira, a Rita Silva, a Diana, a Oriana, a Patrícia Rodrigues, a Patrícia Marinheiro, a Adriana Baguinho, a Mafalda, a Jéssica Matos, a Andreia Gonçalves, a Pipa, a Inês e a Joana Tavares (que apenas nos pôde apoiar fora do campo, por se encontrar lesionada).


O aspecto mais positivo a retirar deste torneio, será, a confirmar-se, a continuação da Carolina e da Andreia com o grupo, na próxima época.


A adaptação de novas jogadoras e a não participação de elementos importantes para a equipa, que nos acompanham desde o início, acabou por se reflectir na qualidade dos processos apresentados, onde se verificou a falta de rotinas colectivas. No entanto, a organização geral da equipa acabou por ser positiva, com pequenos aspectos a corrigir já para Domingo.


1º jogo - EFP 0 x 0 Centro de Estudos de Fátima


2º jogo - EFP 2 x 0 Moitense


1/2 Final - EFP 1 x 0 Liceu


Final - Centro de Estudos de Fátima 1 x 0 EFP


Apesar da derrota na final, perante uma equipa bem organizada, com qualidade individual e com espirírito colectivo, que havia celindrado a equipada da Quinta do Conde na 1/2 final, demonstrámos logo desde início que queríamos controlar o jogo. Conseguimos durante os primeiros 10 minutos ter mais posse de bola e pressionar a portadora da bola, mantendo o adversário no seu meio-campo defensivo. No entanto, no 1º contra-ataque que conseguiram fazer, apesar da nossa equipa não ter sido apanhada desequilibrada defensivamente, permitimos um cruzamento rasteiro, que atravessou toda a pequena área, com uma adversária a finalizar ao 2º poste. Num jogo de apenas 15 minutos, foi o suficiente para já não conseguirmos dar a volta ao marcador. A carga emocional, a falta de experiência e a vontade de resolver individualmente um problema colectivo foram um obastáculo à consecução dos objectivos.


À saída do torneio, acompanhados ainda por alguma tristeza, pois tinhamos traçado a final como objectivo, recebemos a boa notícia de que seríamos também apurados para a final, pelo segundo lugar numa Etapa Rainha. Assim, dependendo apenas de nós, e com este bom presságio, certamente que dia 6, independentemente dos resultados, estaremos presentes para discutir o jogo e demonstrar que esta jovem equipa não está lá para facilitar.


Não poderia deixar de relembrar, mais uma vez, que a nossa Adriana B. e a Carolina, foram certamente das atletas mais novas a participar neste torneio, demonstrando um futuro muito promissor na modalidade.


A estratégia no decorrer do torneio acabou por ficar muito condicionada, pois à lesão da Joana Tavares, juntou-se a lesão da Patrícia Marinheiro, culminando com o abandono da Mafalda a partir do 2º jogo, por razões particulares. Muitos contra-tempos que acabaram por condicionar toda a estratégia, sobretudo para a final.


Domingo espero que nos possamos apresentar na máxima força.



O Treinador,

Ricardo Lopes


1 comentário:

Anónimo disse...

Para quem é pai/mãe e para aqueles que o serão...
Texto de Affonso Romano de Sant'Anna
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos.
É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estagnados.
Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre,
e, às vezes, com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias de igual maneira.
Crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
Que é que aconteceu à pazinha de brincar na areia, às festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do infantário?
A criança está crescendo num ritual
de obediência orgânica e desobediência civil...
E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça!
Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas,
lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração:
incómodas mochilas da moda nos ombros.
Ali estamos nós, com os cabelos esbranquiçados.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar,
apesar dos golpes dos ventos, das colheitas,
das notícias e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas.
Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação,futebol e do judo.
Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levámos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes comprámos todos os sorvetes e roupas
que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia
entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais,
páscoas, piscina e amiguinhos.
Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar com os pais
começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos.
Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe
torcendo e rezando muito
(nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar)
para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar:
A qualquer momento podem dar-nos netos.
O neto é a hora do carinho ocioso e estafado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco.
Por isso os avós são tão desmesurados
a distribuírem tão incontrolável carinho.
Os netos são a última oportunidade de reeditar
o nosso afeto.
Por isso é necessário
fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
Aprendemos a ser filhos
depois que fomos pais...
“Só aprendemos a ser pais
depois que somos avós...”
TENHA UM BOM DIA!!!