Após longa interrupção do campeonato, e de duas semanas em crescente, as expectativas da equipa passavam por pontuar perante um adversário que deixou um sabor amargo na 1ª volta e na Taça de Portugal. Mais uma vez, iniciámos o jogo por cima, com predominância do domínio na 1ª parte.
A equipa inicial foi constituída por: Adriana G., Rita Silva, Oriana, Patrícia, Margarida, Filipa, Jéssica, Mariana, Ana Pisco, Andreia e Mónica. Suplentes: Ana Chora (Andreia), Catarina, Daniela Dinis (Rita Silva), Daniela Gonçalves (Mariana), Joana e Mafalada.
Fomos para o intervalo em desvantagem, 0-1, mas com a sensação de maior organização colectiva, de jogo mais apoiado e de termos a capacidade para inverter o marcador, injusto pelo que se passou na 1ª parte, na minha opinião.
Só poderia estar satisfeito com a exibição da 1ª parte, tirando uma ou outra precipitação individual e a dificuldade de acertar no último passe pelo vento a favor. Penso que o público presente certamente que avaliando o que se passou na 1ª parte esperançava um resultado positivo da equipa.
No entanto, no minuto 60 concedemos o golo mais frustante do campeonato. A partir daqui, a equipa deixou de acreditar e passámos de uma boa exibição, de qualidade na posse de bola e organização colectiva para o descalabre, para a irracionalidade e intranquilidade, concedendo espaços entre linhas, quando o que mais necessitávamos naquele momento era a concentração dos sectores para nos reequilibrarmos e voltarmos a discutir o jogo.
Ainda assim, neste período, conseguimos transições defesa-ataque de grande qualidade, voltando a desperdiçar situações de finalização, uma delas de avançado contra guarda-redes. Porém, o golo de honra apareceu, encontrava-se o resultado em 6 - 0. Ainda vestejávamos o golo conseguido (Jéssica) e já estávamos a sofrer o 7 -1, resultado final.
O resultado pesado não se adequa ao valor desta jovem equipa, muito menos àquilo que foram os primeiros 60 minutos de jogo. Obviamente que este resultado não tem argumentação possível, mas a inexperiência revelou-se um obstáculo à concentração individual e geral da equipa numa fase crucial do jogo.
Foi um castigo pesado, mas penso que necessário para que as jogadoras consolidem alguns processos e para que aprendam o que acontece quando desmobilizam colectivamente. No processo defensivo, a primeira linha de pressão não é exercida pelas defesas. Numa equipa têm que atacar e defender todos os elementos do 1º ao último minuto.
Parafraseando José Mourinho, apesar de me sentir triste com o sucedido, por mim "jogava logo no dia seguinte", para que a equipa se pudesse redimir o mais rápido possível.
Falta uma jornada para o final da 1ª Fase, na qual nos deslocamos a Setúbal para defrontar as líderes do grupo (6 de Fevereiro). Entretanto, no próximo fim de semana haverá nova paragem no campeonato.
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