638 dias após o nosso primeiro treino…
Deslocámo-nos ao Barreiro para defrontar o Barreirense, naquele que era um dos jogos que poderia decidir o campeão distrital.
Participaram os seguintes jogadores: Gonçalo Marinheiro, Rafael Rocha, Tiago Jesus, Georgiy Chernobay, Nelson Nunes, Rodrigo Constantino, Ruben Moreira, Adriana Baguinho, André Sardinha, João Petinga e Sérgio Pinto. O Bernardo Cruz foi convocado mas, adoeceu.
Tal como afirmei na publicação após o jogo com o Fabril, a nossa deslocação ao Barreiro não seria para defender o resultado e sim para disputar o jogo. Relembro que na 1ª volta perdemos em casa por 1 x 7 e mesmo com um resultado tão desnivelado, destaquei a qualidade que apresentámos durante a 1ª parte, onde a união e os níveis de concentração foram elevados.
Jogar contra o Barreirense é sempre uma tarefa difícil, mas à vontade de demonstrar que os 1 x 7 foram um erro de percurso, bem como excelente momento de forma, aliou-se a confiança de que a vitória estava assegurada demonstrada por Pais do adversário, antes ainda do início do jogo. Esta foi uma preciosa ajuda e a motivação elevada passou a super elevada.
Assim, entrámos no jogo com tranquilidade, sem medo de ter a posse de bola e com paciência para a circular, colocando velocidade no jogo sem causar desequilíbrios defensivos. Com um bom posicionamento, com e sem bola, anulámos as acções do adversário, criámos oportunidades e ganhámos o respeito dos espectadores. O adversário começou a demonstrar ansiedade mas, quanto a mim sem se justificar a vantagem, a 2 minutos do intervalo acabou mesmo por marcar.
Já sabíamos que seria assim e que pela qualidade individual do adversário, 10 segundos de desconcentração poderiam resultar num golo. Pelo meio, o árbitro, padecendo da mesma ansiedade, descobriu uma grande penalidade (bem disse um conhecido adepto adversário, durante o aquecimento, que tinha subornado o árbitro :) ). Mas como dizíamos na Escola quando algum colega queria fazer batota e tínhamos que repetir um ponto, em qualquer jogo, e a repetição era a nosso favor “justiça foi feita”. E a bola bateu no poste.
Com apenas um golo de desvantagem, senti no balneário que não iríamos desistir. Continuámos a disputar o jogo, anulámos bem as tentativas individuais que nos “tramaram” na 1ª volta, nas quais o adversário tentava sempre ganhar a linha de fundo para puxar para dentro e rematar em arco. Com solidez defensiva e transições simples e rápidas, aos 6 min da 2ª parte empatámos a partida através de um excelente golo do Rafael.
A força e organização que demonstrámos inibiram o adversário. Com o jogo muito disputado, o Barreirense aproveitou o único erro defensivo da 2ª parte, uma falha de comunicação entre guarda-redes e central, num lance perfeitamente controlado, finalizando com sentido de oportunidade. Esta situação gerou o único momento de intranquilidade do jogo que, felizmente, rapidamente foi ultrapassado.
Não baixámos os braços, continuámos a lutar, com o guarda-redes (Gonçalo) a redimir-se do golo sofrido, com uma extraordinária defesa a remate de fora da área. E, no penúltimo minuto de jogo, desta vez com o central (Jesus) a redimir-se do lance do 2º golo, que numa jogada de insistência fez meio golo, com uma assistência no momento exacto para o Rafael repor verdade no marcador.
Este foi o jogo perfeito para terminar o campeonato e um ano de trabalho, cheio de obstáculos, de ajustes e reajustes, onde ficou demonstrada a raça desta equipa. Os últimos dois jogos (Fabril e Barreirense) foram o teste ideal à evolução da equipa e à consolidação desta etapa de Infantis B.
A partir de agora os treinos serão de descompressão, aproveitando o fim do campeonato para realizarmos alguns jogos de treino de futebol de 11, com a curiosidade de observar como se vão adaptar ao espaço, ao maior número de jogadores e como aplicarão o modelo e princípios de jogo num novo sistema táctico.
VOCÊS SÃO OS MEUS CAMPEÕES!
O Treinador,
Ricardo Lopes
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