10 de novembro de 2009

INFANTIS B: 3ª JORNADA

SESIMBRA 3 x 0 PALMELENSE FC


Na terceira jornada, deslocámo-nos ao Complexo Desportivo da Maçã para defrontar o Sesimbra. Participaram os seguintes jogadores: Gonçalo Marinheiro, Tiago Fortuna, Tiago Jesus, João Petinga, Nelson Nunes, Georgy Chernobay, Rafael Rocha, Jorge Osório, Bernardo Cruz, Carlos Costa, Rodrigo Constantino e Sérgio Pinto.




A equipa adversária é uma equipa muito bem organizada, que trabalha há muito tempo com o mesmo grupo e treinador, apresentando um carácter selectivo na construção do plantel, caracterizada pela sua grande capacidade ofensiva. Esperávamos muitas dificuldades, pela experiência do ano transacto, onde havíamos perdido por 6 a 2, num jogo (de treino) claramente dominado por eles.



Após um jogo de treino com os Infantis A, na quinta-feira, onde realizámos uma excelente primeira parte, com boa circulação e progressão, fomos para esta partida com o objectivo de demonstrar a evolução e maturação relativamente ao ano transacto. Como segundo objectivo, tentar vencer o jogo. Atingimos plenamente o primeiro objectivo. Na primeira parte fomos fortes nos processos defensivos, anulando todas as tentativas do adversário, com um jogo característico de quem sabe utilizar as características do terreno de jogo (pelado de dimensões reduzidas). Este foi um aspecto que nos dificultou a tarefa, no pelado não conseguimos realizar as mesmas prestações, nem obter o mesmo rendimento ofensivo. Acabámos por sofrer um golo, ainda na primeira parte, após um cruzamento que à partida seria inofensivo, mas com o guarda-redes a socar a bola para a zona de finalização. Contudo, aspecto positivo, ao contrário da época transacta, reagimos bem, não baixámos os braços e construímos duas claras ocasiões de golo, que mais uma vez não concretizámos.




Na segunda parte, com maior rotatividade, não tivemos capacidade para inverter o marcador, embora tenhamos continuado com uma atitude batalhadora, conseguindo mais duas situações para finalizar. Mérito para o adversário, mas também alguma infelicidade, pois acabámos por sofrer mais dois golos de situações “inofensivas”. A primeira um canto directo, com a bola a ressaltar no solo ganhando efeito e entrando ao primeiro poste e uma segunda num cruzamento/remate que não levava a direcção da baliza mas que ao ser tocada pelo guarda-redes acabou por entrar.

De destacar como positivo, a atitude combativa que apresentámos num campo difícil, com um adversário forte e um público adverso. Mantivemo-nos unidos.

De negativo, que um dos jogadores não tenha tido a humildade para assumir o erro, culpabilizando os colegas de equipa e reagindo, incompreensivelmente, de forma negativa aos feedbacks do treinador.

Quando perdemos perde a equipa, quando ganhamos ganha a equipa. Não jogamos sozinhos, mas o erro é característico do jogo. E existem posições onde o erro é fatal, mas temos que saber lidar com isso, assumi-lo e corrigi-lo na próxima oportunidade. Um avançado perde a bola imensas vezes no jogo, e é auxiliado por um colega. Um guarda-redes quando as coisas não lhe correm bem, maior parte das vezes, já não tem auxílio e sofremos um golo. Mas isso é próprio do jogo e quem quer ser guarda-redes tem que saber lidar com essas situações. “Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas dizer, noutros termos, que hoje ele é mais inteligente do que era ontem”. Faz parte da vida, da aprendizagem, quem pensa que não erra, ou não assume no que errou, vai continuar a fazer sempre da mesma forma, logo não evolui.

Anulámos todas as tentativas do adversário, mas depois proporcionámos-lhe por três vezes, em situações à partida controladas, aquilo que procuravam. O jogo é mesmo assim, pela atitude e pelo desempenho, não merecíamos sofrer três golos e na minha opinião tínhamos condições para evitar a derrota. Fiquei bastante satisfeito, tanto por termos disputado o jogo do princípio ao fim, como pela forma como reagimos a todos os constrangimentos, mas sobretudo porque NUNCA DESISTIMOS. É isso que dá sentido a uma equipa.

Demonstrámos estar mais fortes do que no ano transacto e que já não existem as mesmas diferenças entre as duas equipas. Se o Sesimbra o ano passado era claramente superior, penso que continuando a trabalhar, na segunda volta teremos todas as condições para demonstrar que essa inferioridade deixou de existir. Perdemos, mas soubemos perder, soubemos reagir à derrota, e obrigámos o adversário a dar também o máximo. Sabemos onde temos que melhorar, as condições de treino (espaços, número de jogadores, etc, etc.) tornam o processo um pouco mais lento, mas com vontade, trabalho e espírito de grupo vamos lá chegar. FIQUEI ORGULHOSO.

Na próxima jornada recebemos o Fusco FC.


O Treinador dos Infantis B,

Ricardo Lopes

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando alguém se julga "estrela" e tem tiques de vedeta a jogar na EFP, então muito dificilmente irá longe.
No entanto fica mal ao treinador o teor da nota sobre o jogo, pois estamos a cruxificar publicamente (pois muita gente lê este blog) um miudo de 11 ANOS como se o mesmo fosse o responsavel de todos os males nesse jogo, estando aparentemente o treinador isento de responsabilidades. Nunca foi esse o espirito da EFP.
Acho que tudo o que aconteceu carece de uma reflexão não só do miudo mas também do próprio treinador. Podia eu enquanto treinador ter um miudo de 11 anos na baliza que desse 6 frangos num jogo que eu jamais o responsabilidade deste modo, pelo contrário tentaria proteje-lo perante os colegas e demais pessoas no clube. Mas isto é a minha opinião... e se calhar até estou errado.